Desde o dia 26 de novembro, o Corinthia Hotel de Budapeste se converteu na sede da segunda edição de um Congresso internacional que coloca em destaque a necessidade de ações concretas para deter a perseguição aos cristãos ao redor do mundo. Ao ser este propósito uma das bandeiras da administração do Primeiro Ministro da Hungria, Víktor Orbán, o evento contou com sua presença e a de numerosos representantes das autoridades civis, assim como as dos Cardeais Peter Erdo e Gerhard Müller e vários Bispos de regiões que sofrem perseguição religiosa.
Durante a abertura do Congresso, o Cardeal Erdo, Arcebispo de Esztergom-Budapeste e Primaz da Hungria, recordou a extensa história da perseguição religiosa aos cristãos em quase todas as épocas da história. O purpurado fez um chamado a não ignorar a situação atual “como se nada tivesse passado” e alertou sobre a necessidade de monitorar o respeito à liberdade religiosa dos fiéis em todo o mundo. “Cada fator que tenha a capacidade de levantar a voz em favor dos perseguidos tem o dever de intervir eficientemente junto com os líderes leigos competentes para evitar tolerar este fenômeno”.
“A missão segue sendo encontrar respostas e soluções à crise humanitária e de civilização mais esquecida de nosso tempo”, expôs a apresentação oficial do evento. “Além de aumentar a consciência internacional, o objetivo principal da conferência é fomentar uma cooperação mais estreita entre governos, organizações governamentais e não governamentais e outros atores envolvidos. Somente através da coordenação de recursos e esforços e através do esforço conjunto é possível defender as comunidades cristãs assediadas que vivem em regiões em crise (…) e apoiar seu retorno aos seus países de origem”.
Também durante o ato de abertura o Primeiro Ministro húngaro explicou o motivo pelo qual aborda a proteção dos cristãos perseguidos como uma prioridade. Para o mandatário, os ataques aos cristãos não podem ser analisados unicamente como um problema de direitos humanos, mas a tentativa de eliminação total da presença cristã denota uma guerra não contra indivíduos ou comunidades, mas contra toda uma cultura: a cultura cristã, da qual a Europa representa sua civilização mais exitosa. Por esta razão declarou que o ponto de origem da política húngara é que os cristãos tenham o direito de proteger sua cultura e sua forma de vida resultante.
Day Zero of #ICCP_Budapest has already started with a short welcome speech by @tristan_azbej. His Holiness Ignatius Aphrem II Patriarch of Antioch and All the East lead the prayer in Aramaic before lunch. pic.twitter.com/XC34M9r9Ta
— HungaryHelps ن (@HungaryHelps) November 25, 2019
O Congresso trabalhou temáticas como “Responsabilidade e reconhecimento do genocídio”, “O papel dos governos e as legislaturas no avanço da liberdade religiosa” e “O papel dos atores financeiros e o desenvolvimento sustentável na preservação das minorias religiosas perseguidas”. Também compartilharam seu testemunho o Arcebispo católico caldeu de Mosul, Iraque, Dom Najeeb Michaeel; o Bispo de Maiduguri, Nigéria, Dom Oliver Dashe Doeme e o Bispo de Sokoto, Nigéria, Dom Matthew Hassan Kukah.
No último dia do evento se apresentará o Relatório de Budapeste sobre a Perseguição aos Cristãos 2019 e o Relatório da Ajuda à Igreja que Sofre “Perseguidos e esquecidos? 2019”.
.@EduardHabsburg, Hungarian Ambassador to the Holy See, tells us about @HungaryHelps the second international conference on #Christian persecution taking place next week in Budapest. He explains why this important and what the U.S. is doing to help. pic.twitter.com/LekY1RdSuL
— EWTN News Nightly (@EWTNNewsNightly) November 20, 2019
Gaudium